segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

OSTEOLOGIA




O termo Osteologia significa, o estudo dos ossos.
Apesar de sua aparência simples, o osso é um tecido vivo, complexo e dinâmico, formado por um conjunto de tecidos distintos e especializados que contribuem para o seu arranjo final.

Os tecidos que compõe o osso são:

Tecido ósseo
Tecido cartilaginoso
Tecido epitelial
Tecidos formadores de células sanguíneas
Tecido nervoso
Tecido adiposo

O estudo microscópico do tecido ósseo distingue a substância óssea compacta e a substância óssea esponjosa.
Embora os elementos constituintes sejam os mesmos nos dois tipos de substância óssea, eles dispõem-se diferentemente conforme o tipo considerado e o seu aspecto macroscópico também difere.

Na substância óssea compacta, as lamínulas de tecido ósseo encontram-se fortemente unidas umas às outras pelas suas faces, sem que haja espaço livre interposto.
Por esta razão, este tipo é mais denso e duro.

Na substância óssea esponjosa, as lamínulas ósseas, mais irregulares em forma e tamanho, se arranjam de
forma a deixar entre si, espaços ou lacunas que se comunicam umas com as outras e que, a semelhança do canal medular, contém medula.
As lacunas entre as lamínulas ósseas são chamadas de trabéculas ósseas.

Nos ossos longos a diáfise é composta por osso compacto externamente ao canal medular, enquanto asepífises são compostas por osso esponjoso envolto, por uma fina camada de osso compacto.
Nos ossos planos, a substância esponjosa situa-se entre duas camadas de substância compacta.
Nos ossos da CALVÁRIA, a substância esponjosa é chamada de DÍPLOE.

Os ossos curtos são formados por osso esponjoso revestido por osso compacto, como nas epífises dos ossos longos.


PERIÓSTEO


No vivente e no cadáver o osso se encontra sempre revestido por delicada membrana
conjuntiva, com exceção das superfícies articulares.
Esta membrana é denominada PERIÓSTEO e apresenta dois folhetos,um superficial, e outro profundo.
O folheto profundo está em contato direto com a superfície óssea.
A camada profunda é chamada OSTEOGÊNICA pelo fato de suas células se transformarem em células ósseas, que são incorporadas à superfície do osso, promovendo assim o seu espessamento.

Os ossos são altamente vascularizados. As artérias do periósteo penetram no osso, irrigando-o
e distribuindo-se na medula óssea.
Por esta razão, desprovido do seu periósteo o osso deixa de ser nutrido e morre.
Os vasos sanguíneos passam para o interior dos ossos, através dos forames nutrícios, enquanto os nervos apenas os circundam.



FUNÇÕES DO ESQUELETO:


SUSTENTAÇÃO E CONFORMIDADE.
Os ossos funcionam como base estrutural para o corpo, sustentando os tecidos moles e fornecendo pontos de fixação para os tendões da maioria dos músculos esqueléticos.
A forma do corpo está diretamente relacionada com o esqueleto, sem os ossos o corpo humano seria como o corpo de uma larva. A posição ereta seria impossível.


PROTEÇÃO.
O sistema ósseo também protege os órgãos internos dos traumatismos do exterior.
O encéfalo é protegido pelo crânio.
A medula espinal, pela coluna vertebral.
O coração e os pulmões pelo gradil costal, composto por costelas e o osso esterno.
Os órgãos pélvicos são protegidos pelos ossos do quadril, que formam a cavidade pélvica.


PARTICIPAÇÃO NO MOVIMENTO OU ALAVANCAGEM.
O movimento é produzido quando uma tração exercida pelos músculos esqueléticos incide sobre os ossos, no momento de sua contração.
Pelo fato de muitos ossos se articularem e esta união óssea permitir movimentos, o esqueleto desempenha um papel importante na determinação do tipo e da amplitude do movimento que o segmento será capaz de fazer, bem como, a própria anatomia do osso acaba por limitar movimentos indesejáveis.


HOMEOSTASIA MINERAL.
O tecido ósseo armazena vários minerais, especialmente cálcio e fósforo, que contribuem para fortalecer o osso.
O osso também pode liberar minerais na corrente sanguínea. Para manter os balanços minerais críticos e para distribuir minerais para outros órgãos.


HEMATOPOIÉSE.
Produção de células sanguíneas.
No interior de certas partes dos ossos, a medula óssea vermelha produz eritrócitos, leucócitos e plaquetas.


ARMAZENAMENTO DE TRIGLICERÍDEOS.
No recém-nascido, toda a medula óssea é vermelha e está envolvida na hematopoiése.
Entretanto, com o avançar da idade, a produção de células sanguíneas diminui, e a maior parte da medula passa a ser formada por adipócitos. Sendo chamada então, de medula óssea amarela.


CLASSIFICAÇÃO
Os ossos classificam-se quanto à forma em:


Osso Longo.
Exemplo. O fêmur. A tíbia. O úmero. O rádio. A ulna. As falanges.


Osso Curto.
Exemplo. Ossos carpais. Alguns ossos tarsais. A patela.


Osso Plano. (laminar)
Exemplo. Alguns ossos do crânio.


Osso Irregular.
Exemplo. as vértebras. Alguns ossos da face e do crânio.

Adjetivando, essas quatro classificações principais, existem outras duas:

Osso pneumático.

São ossos que contêm cavidades cheias de ar. São encontrados apenas no Crânio e na face.
Exemplo. Frontal. Osso plano e pneumático.
Maxila. Etmóide. E temporal. Ossos irregulares e pneumáticos.


Osso sesamóide.
São ossos que se formam entre articulações, como os ossos suturais do crânio e entre tendões e ligamentos como a patela, cuja principal função é proteger a articulação do joelho.
A patela é o maior osso sesamóide do corpo humano. É considerado um osso curto sesamóide.

Algumas exceções, como as costelas, se classificam apenas, como ossos alongados.


Em todo osso longo, o corpo, geralmente cilíndrico, recebe o nome de diáfise, e as extremidades, recebem o nome de epífises.
A diáfise é ôca.
E seu interior, chamado de canal medular, é ocupado pela medula óssea.
A medula óssea é Vermelha nas crianças e jovens. E com o passar dos anos, vai sendo substituída por tecido adiposo, sendo chamada então de Medula Óssea Amarela.
Também na epífise, há um grande número de cavidades, formadas pelo entrecruzamento das trabéculas ósseas. Essas cavidades também contêm a medula vermelha. Formadora de células sanguíneas.



O ESQUELETO HUMANO


Oficialmente, o esqueleto humano é formado por 206 ossos, que podem ser classificados quanto à localização em:

Esqueleto Axial e Esqueleto Apendicular.


ESQUELETO AXIAL, é formado por:

Ossos do Crânio e da face,
Ossos da coluna vertebral, composta pelas vértebras, sacro e cóccix.
Costelas e osso Esterno.

O Crânio ou neurocrânio, é formado por quatro ossos medianos. E dois ossos bilaterais.
São ossos medianos:
Osso frontal.
Osso Etmóide.
Osso Esfenóide.
Osso Occipital.


São ossos bilaterais:
Ossos Parietais.
Ossos Temporais.

Totalizando, assim, oito grandes ossos.
Além desses oito ossos, há três ossículos auditórios, bilaterais, alojados na orelha média:

Martelo
Bigorna 
e Estribo.

E também alguns ossos extranumerários. Que no caso do crânio, são chamados de ossos suturais. Pois, formam-se entre as suturas, que são articulações fibrosas entre os ossos do crânio.
A face ou viscerocrânio é formada por seis ossos bilaterais e dois ossos medianos.
São bilaterais, os ossos:
Maxila.
Zigomático.
Nasal.
Lacrimal.
Concha nasal inferior.
Palatino.

São medianos, os ossos:
Vômer
e a Mandíbula, único osso móvel da cabeça.

Anexo entre as vértebras cervicais e a mandíbula está o osso hióide, o osso da deglutição.
Único osso que não se articula com o esqueleto. Está fixado apenas por músculos e ligamentos.

Em continuação ao crânio está a coluna vertebral que é formada pelas vértebras cervicais, torácicas, lombares e pelos ossos Sacro e cóccix.
As vértebras são uma série de anéis sobrepostos, sobretudo de maneira que o orifício central de cada uma corresponda com o do superior e o do inferior.
De tal maneira que no centro da coluna vertebral existe um canal. no qual está a medula espinal, órgão nervoso de fundamental importância.
A articulação que se interpõe entre uma vértebra e a vértebra seguinte permite a mobilidade de toda a coluna vertebral, garantindo a esta, a máxima resistência aos traumas.

Entre uma vértebra e outra existem os discos intervertebrais. Articulações que servem para aumentar a elasticidade do conjunto e atenuar os efeitos de eventuais pressões.

As vértebras são em número de 24* e não são todas iguais.
7 são cervicais.
A primeira se chama Atlas.
A segunda se chama Áxis.
E a sétima é denominada vértebra proeminente.
Sendo estas 3, as únicas vértebras com nomes próprios.

Em continuação das cervicais estão 12 vértebras torácicas. Que se continuam através das costelas e se unem ao osso esterno. Fechando a caixa torácica mediante as cartilagens costais, e protegendo os órgãos contidos no tórax.
A coluna vertebral continua com as 5 vértebras lombares que têm maior tamanho porque devem ser mais resistentes para realizar a sustentação do tronco.

*A estas, seguem-se outras 5 vértebras soldadas entre si, que formam o osso sacro e, por último, as 3 ou 4 vértebras rudimentares, quase sempre soldadas entre si, que compõe o osso cóccix.
Alguns autores contabilizam também as vértebras do sacro e do cóccix, situação em que teremos, então, 33 vértebras na coluna vertebral.

As vértebras são geralmente referidas como:

Cervicais.
Da C1 até a C7. Sendo a C1 chamada de atlas. A C2 chamada de áxis.
e a C7 chamada de vértebra proeminente.

Torácicas. Da T1 até a T 12.

Lombares. Da L1 até a L5.

Sacrais. Da S1 até a S5.

Coccígeas. Da Co1 até a Co4.

As costelas, classificadas como ossos alongados, são ossos bilaterais, geralmente, em número de doze pares:

Sete pares são denominadas costelas verdadeiras.
Cinco pares são costelas falsas.
São chamadas de costelas falsas pelo fato de não se articularem,diretamente, com o osso esterno.
Três pares destas costelas (falsas) são unidas ao esterno através da cartilagem costal.e os Dois últimos pares são chamados de costelas flutuantes, pelo fato de terem uma extremidade livre (anterior ou ventral), sem ligação com o osso esterno ou com a cartilagem costal.


ESQUELETO APENDICULAR


Os ossos dos membros superiores começam com o ombro, formado pelo Cíngulo do membro superior,
que é composto pela Escápula, osso de forma triangular, classificado como osso plano e pela Clavícula, ossoalongado e curvado, situado anteriormente à escápula (osso plano).

A articulação do ombro é bastante móvel, o que permite mover o braço em quase todas as direções.
Esta articulação junto com a do quadril é uma das mais móveis e importantes do corpo humano.

O osso do braço é o Úmero, osso longo e robusto;
O antebraço é formado pelos ossos longosRádio e Ulna.
Rádio tem a cabeça de forma circular, lembrando um botão redondo, como os dos aparelhos radiofônicos antigos.
A Ulna  tem o formato de uma chave de boca ou, ainda, a forma da letra U em sua epífise proximal. A cabeça do rádio é proximal enquanto a da ulna é distal.

Com os dois ossos do antebraço (rádio e ulna), se articula na sua parte inferior a mão, que é formada proximalmente por Oito Ossos carpais. São os que formam o Carpo (punho):

Fileira proximal: Escafóide - Semilunar - Piramidal - Pisiforme.
Fileira distal: Trapézio - Trapezóide - Capitato - Hamato.

Cinco ossos metacarpais. Região conhecida como Metacarpo e que corresponde à superfície dorso-palmar da mão. E são denominados:

I - (primeiro) metacarpal.
II - (segundo) metacarpal.
III - (terceiro) metacarpal.
IV - (quarto) metacarpal.
V - (quinto) metacarpal.

E, finalmente, Catorze ossos formam os dedos da mão. São conhecidos como falanges:

Proximais. médias e distais.
polegar tem apenas duas falanges, a proximal e a distal.

Totalizando, assim, 27 ossos componentes da mão humana completa.Excluindo-se os ossos extranumerários, denominados Intratendíneos.

Os membros inferiores estão unidos ao tronco por meio do Cíngulo do membro inferior.
Formado pelos ossos do quadril, fixados pelo osso sacro.
Antes dos quinze anos de idade, o osso do quadril é formado por de três ossos:
Ílio.
Ísquio
Púbis.
Após essa idade, os três ossos mencionados fundem-se formando o Osso do Quadril  propriamente dito.
O osso do quadril articula-se com o fêmur, osso da coxa, o mais longo e  forte de todo o corpo.

Na sua parte inferior o fêmur se une à tíbia (longo)e esta, à fíbula (longo), que são os dois ossos da perna.
Esta união tem lugar na articulação do joelho, do qual toma parte, também, o osso patela (curto sesamóide).

Por último, os ossos da perna se articulam com os do pé.
O pé é formado pelos Ossos tarsais:

Tálus.
Calcâneo.
Navicular.
Cubóide.
Cuneiformes: lateral, intermédio e medial.

Além dos ossos metatarsais(ossos longos):

I - (primeiro) metatarsal.
II - (segundo) metatarsal.
III - (terceiro) metatarsal.
IV - (quarto) metatarsal.
V - (quinto) metatarsal.

E das Falanges (ossos longos):

Proximal, média e distal.
Que formam os dedos do pé.
Exceto no hálux, (o dedão do pé), onde há somente as falanges proximal e distal.

Totalizando assim, 26 ossos que compoem o pé humano completo. Excluindo-se os ossos extranumerários, denominados Intratendíneos.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Câncer de Mama




Mulheres diagnosticadas com câncer de mama podem ser acometidas por síndrome psiquiátrica aguda, chamada de Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), comuns em pessoas submetidas a situações traumáticas.
Caracterizada por sintomas de evitação (como tentar evitar lembranças ligadas ao episódio), de hiperestimulação (irritabilidade, dificuldades de conciliar o sono e de concentração) e de revivescência (recordações aflitivas, recorrentes e intrusivas), o TEPT pode comprometer não só a qualidade de vida de pacientes com câncer de mama como a continuidade do tratamento.
É o que destaca uma pesquisa conduzida na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) que identificou o TEPT agudo em mulheres diagnosticadas com câncer de mama.
O estudo foi feito com 290 pacientes atendidas no Hospital Pérola Byington, na capital paulista, entre agosto de 2006 e março de 2007. Os sintomas do TEPT estavam presentes em 81% das mulheres diagnosticadas com câncer de mama.
A pesquisa investigou também fatores associados a não adesão (ou a não aceitação) aos tratamentos para o câncer de mama e apontou que pacientes que apresentaram sintomas do transtorno tiveram menor adesão.
Segundo o estudo, 13,3% dos pacientes com esse transtorno interromperam o tratamento após o primeiro ano de acompanhamento. De acordo com Julio Litvoc, professor do Departamento de Medicina Preventiva da FMUSP e coordenador da pesquisa, o TEPT não tem sido avaliado adequadamente pelos profissionais.
“Esse conceito é pouco utilizado pelos profissionais de saúde, por desconhecimento do transtorno e também por se valorizar as comorbidades associadas ao diagnóstico, como os transtornos de ansiedade, depressão e pânico”, disse à Agência FAPESP.
O estudo “Associação entre as respostas ao estresse em mulheres com câncer de mama e a adesão ao tratamento do câncer de mama” teve participação de Sara Mota Borges Bottino, coordenadora médica da Psiquiatria do Instituto do Câncer de São Paulo (ICESP), e recebeu apoio da FAPESP por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular.
A primeira parte do estudo investigou a prevalência e o impacto do TEPT e corresponde à tese de doutorado de Sara, orientada por Litvoc. Segundo ele, o estudo relaciona a epidemiologia à psiquiatria. “A ideia foi produzir um trabalho voltado para a reorganização dos serviços de atendimento”, salientou.
“O problema do diagnóstico é que as pacientes podem não manifestar os sintomas de maneira explícita, mas, ainda assim, desencadeá-los de forma a interferir no tratamento e na qualidade de vida. E o pior: não retornar ao médico”, disse Sara.
Segundo a psiquiatra, apesar de ser considerado um transtorno de ansiedade, uma das particularidades do TEPT é a imprevisibilidade. “A paciente não apresentava os sintomas relacionados à doença e, de repente, descobre-se doente após o diagnóstico”, apontou.
Assustadas, as pacientes evitam ter pensamentos sobre o câncer. Os sintomas de evitação se mostraram recorrentes em 58,2% dos casos. Segundo o estudo, os sintomas de evitação merecem maior atenção, porque podem ter consequências graves para as pacientes com câncer, que necessitam ir às consultas e fazer os exames pré-operatórios.
“Esse sintoma é entendido pela equipe médica como ‘negação’. Mas, como parte de uma síndrome de transtorno do estresse pós-traumático, o diagnóstico é relativamente novo”, indicou Sara. Já os sintomas de hiperestimulação e revivescência apareceram, respectivamente, em 63,1% e 59,6% das mulheres entrevistadas.
De acordo com Litvoc, a segunda parte do trabalho – a da adesão – terá continuidade. “Essa segunda etapa trouxe resultados significativos que nos preocuparam. Daremos continuidade a ela aplicando outros métodos”, apontou.

MEDICINA NUCLEAR







O que é Medicina Nuclear?


A Medicina nuclear é uma especialidade médica que utiliza técnicas seguras e indolores para formar imagens do corpo e tratar doenças. A medicina nuclear é única por revelar dados sobre a anatomia e a função dos órgãos, ao contrário da radiologia, que tipicamente mostra apenas estrutura anatômica dos órgãos. É uma maneira de coletar informações de diagnóstico médico que, de outra forma, não estariam disponíveis, requereriam cirurgia ou necessitariam de exames de diagnóstico mais caros.
Os exames de medicina nuclear freqüentemente podem detectar precocemente anormalidades na função ou estrutura de um órgão no seu corpo. Esta detecção precoce possibilita que algumas enfermidades sejam tratadas nos estágios iniciais, quando existe uma melhor chance de prognóstico bem sucedido e recuperação do paciente.


Em que casos é indicado o exame de Medicina Nuclear?
Os exames de medicina nuclear são benéficos para estudar danos fisiológicos a seu coração, restrição do fluxo sangüíneo ao cérebro, além do funcionamento de outros órgãos como a tireóide, rins, fígado e pulmões. Também tem usos terapêuticos valiosos como o tratamento do hipertireoidismo e alívio da dor para certos tipos de câncer dos ossos. 
Em geral, existe quase uma centena de diferentes exames de medicina nuclear hoje disponíveis, incluindo estudos cerebrais, diagnóstico e tratamento de tumores, avaliação das condições dos pulmões e coração, análise funcional dos rins e de todos os sistemas dos principais órgãos do corpo.



Como se Realiza um Exame de Medicina Nuclear?
Os exames de medicina nuclear são seguros e indolores. Uma pequena quantidade de material radioativo é absorvida pelo corpo via injeção, oral ou inalação. Estas substâncias radioativas são misturadas a um produto farmacêutico especializado que tem como alvo os órgãos, ossos ou tecidos específicos de seu corpo. A quantidade de material radioativo usado é medida especificamente para garantir os resultados mais precisos dos exames, limitando, ao mesmo tempo, a quantidade de exposição à radiação.
Após dado o material radioativo, uma câmera especial é utilizada para tirar fotografias de seu corpo. A câmera (normalmente chamada de gama-câmara, ou um equipamento ainda mais sofisticado chamado de PET Scanner) possui detectores especiais que podem captam a imagem dos materiais radioativos localizados dentro de seu corpo. A imagem, gravada em filme ou em um computador, é, então, avaliada por seu médico.

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA






Princípios físicos

A TC baseia-se nos mesmos princípios que a radiografia convencional, segundo os quais tecidos com diferentes composições absorvem a radiação X de forma diferente. Ao serem atravessados por raios X, tecidos mais densos (como o fígado) ou com elementos mais pesados (como o cálcio presente nos ossos), absorvem mais radiação que tecidos menos densos (como o pulmão, que está cheio de ar).
Assim, uma TC indica a quantidade de radiação absorvida por cada parte do corpo analisada (radiodensidade), e traduz essas variações numa escala de cinzentos, produzindo uma imagem. Cada pixel da imagem corresponde à média da absorção dos tecidos nessa zona, expresso em unidades de Hounsfield (em homenagem ao criador da primeira máquina de TC).

Procedimento
Para obter uma TC, o paciente é colocado numa mesa que se desloca para o interior de um anel de cerca de 70 cm de diâmetro. À volta deste encontra-se uma ampola de Raios-X, num suporte circular designado gantry. Do lado oposto à ampola encontra-se o detector responsável por captar a radiação e transmitir essa informação ao computador ao qual está conectado.
Nas máquinas sequenciais ou de terceira geração, durante o exame, o “gantry” descreve uma volta completa (360º) em torno do paciente, com a ampola a emitir raios X, que após atravessar o corpo do paciente são captados na outra extremidade pelo detector. Esses dados são então processados pelo computador, que analisa as variações de absorção ao longo da secção observada, e reconstrói esses dados sob a forma de uma imagem. A “mesa” avança então mais um pouco, repetindo-se o processo para obter uma nova imagem, alguns milímetros ou centímetros mais abaixo.
Os equipamentos designados “helicoidais”, ou de quarta geração, descrevem uma hélice em torno do corpo do paciente, em vez de uma sucessão de círculos completo. Desta forma é obtida informação de uma forma contínua, permitindo, dentro de certos limites, reconstruir imagens de qualquer secção analisada, não se limitando portanto aos "círculos" obtidos com as máquinas convencionais. Permitem também a utilização de doses menores de radiação, além de serem muito mais rápidas. A hélice é possível porque a mesa de pacientes, ao invés de ficar parada durante a aquisição, durante o corte, tal como ocorre na tomografia convencional, avança continuamente durante a realização dos cortes. Na tomografia convencional a mesa anda e pára a cada novo corte. Na helicoidal a mesa avança enquanto os cortes são realizados.
Atualmente também é possível encontrar equipamentos denominados DUOSLICE, e MULTISLICE, ou seja multicorte, que, após um disparo da ampola de raios x, fornecem múltiplas imagens. Podem possuir 2, 8, 16, 64 e até 128 canais, representando maior agilidade na execução do exame diagnostico. Há um modelo, inclusive, que conta com dois tubos de raios-x e dois detectores de 64 canais cada, o que se traduz em maior agilidade para aquisição de imagens cardíacas, de modo que não é necessário o uso de beta-bloqueadores. Permite também aquisições diferenciais, com tensões diferentes em cada um dos emissores, de modo a se obter, por subtração, realce de estruturas anatômicas.
Com essa nova tecnologia é possível prover reconstruções 3D, MPR (MultiPlanarReconstrucion) ou até mesmo mensurar perfusões sanguíneas.

Características das imagens tomográficas
Entre as características das imagens tomográficas destacam-se os pixeis, a matriz, o campo de visão (ou fov, “field of view”), a escala de cinza e as janelas.
O pixel é o menor ponto da imagem que pode ser obtido. Assim uma imagem é formada por uma certa quantidade de pixeis. O conjunto de pixeis está distribuído em colunas e linhas que formam a matriz. Quanto maior o número de pixeis numa matriz melhor é a sua resolução espacial, o que permite um melhor diferenciação espacial entre as estruturas. E apos processos de reconstrução matemática, obtemos o Voxel (unidade 3D) capaz de designar profundidade na imagem radiológica.
O campo de visão (FOV) representa o tamanho máximo do objeto em estudo que ocupa a matriz, por exemplo, uma matriz pode ter 512 pixeis em colunas e 512 pixeis em linhas, e se o campo de visão for de 12 cm, cada pixel vai representar cerca de 0,023 cm (12 cm/512). Assim para o estudo de estruturas delicadas como o ouvido interno o campo de visão é pequeno, como visto acima enquanto para o estudo do abdômen o campo de visão é maior, 50 cm (se tiver uma matriz de 512 x 512, então o tamanho da região que cada pixel representa vai ser cerca de quatro vezes maior, ou próximo de 1 mm). Não devemos esquecer que FOV grande representa perda de foco, e consequentemente radiação x secundaria.
Em relação às imagens, existe uma convenção para traduzir os valores de voltagem detectados em unidades digitais. Dessa forma, temos valores que variam de –1000, onde nenhuma voltagem é detectada: o objeto não absorveu praticamente nenhum dos fótons de Rx, e se comporta como o ar; ou um valor muito alto, algo como +1000 ou mais, caso poucos fótons cheguem ao detector: o objeto absorveu quase todos os fótons de RX. Essa escala onde –1000 é mais escuro, 0 é um cinza médio e +1000 (ou mais) é bem claro. Dessa forma quanto mais RX o objeto absorver, mais claro ele é na imagem. Outra vantagem é que esses valores são ajustados de acordo com os tecidos biológicos.
A escala de cinza é formada por um grande espectro de representações de tonalidades entre branco, cinza e o preto. A escala de cinzas é que é responsável pelo brilho de imagem. Uma escala de cinzas foi criada especialmente para a tomografia computadorizada e sua unidade foi chamada de unidade Hounsfield (HU), em homenagem ao cientista que desenvolveu a tomografia computadorizada. Nesta escala temos o seguinte:
§  zero unidades Housfield (0 HU) é a água,
§  ar -1000 (HU),
§  osso de 300 a 350 HU;
§  gordura de –120 a -80 HU;
§  músculo de 50 a 55 HU.
As janelas são recursos computacionais que permitem que após a obtenção das imagens a escala de cinzas possa ser estreitada facilitando a diferenciação entre certas estruturas conforme a necessidade. Isto porque o olho humano tem a capacidade de diferenciar uma escala de cinzas de 10 a 60 tons (a maioria das pessoas distingue 20 diferentes tons), enquanto na tomografia no mínimo, como visto acima há 2000 tons. Entretanto, podem ser obtidos até 65536 tons – o que seria inútil se tivéssemos que apresentá-los ao mesmo tempo na imagem, já que não poderíamos distingui-los. A janela é na verdade uma forma de mostrar apenas uma faixa de tons de cinza que nos interessa, de forma a adaptar a nossa capacidade de visão aos dados obtidos pelo tomógrafo.
Numa janela define-se a abertura da mesma ou seja qual será o número máximo de tons de cinza entre o valor numérico em HU do branco e qual será o do preto. O nível é definido como o valor (em HU) da média da janela.
O uso de diferentes janelas em tomografia permite por exemplo o estudo dos ossos com distinção entre a cortical e a medular óssea ou o estudo de partes moles com a distinção, por exemplo, no cérebro entre a substância branca e a cinzenta. A mesma imagem pode ser mostrada com diferentes ajustes da janela, de modo a mostrar diferentes estruturas de cada vez. Não é possível usar um só ajuste da janela para ver, por exemplo, detalhes ósseos e de tecido adiposo ao mesmo tempo.
As imagens tomográficas podem ser obtidas em dois planos básicos: o plano axial (perpendicular ao maior eixo do corpo) e o plano coronal (paralelo a sutura coronal do crânio ou seja é uma visão frontal). Após obtidas as imagens, recursos computacionais podem permitir reconstruções no plano sagital (paralelo a sutura sagital do crânio) ou reconstruções tri-dimensionais. Como na radiografia convencional

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

ESCOLIOSE



A escoliose é um termo de origem grega e consiste na rotação tridimensional da coluna vertebral com curvatura para um dos lados.
Uma escoliose pode ter diversas origens, contudo, a mais comum, é a escoliose idiopática que se desenvolve normalmente, entre os 10 e os 12 anos de idade com uma maior incidência no sexo feminino.
Idiopática porque, aparentemente, é uma deformidade da coluna que surge sem causa conhecida. 
Embora os estudos nesta matéria pareçam inconclusivos, há fortes indícios de que um fator genético possa estar na origem do desenvolvimento das escolioses idiopáticas em crianças saudáveis.
E por falar em crianças... Existe uma tendência para se associar, erradamente, uma relação de causa/efeito entre o peso das mochilas transportadas pelas crianças em idade escolar e uma possível deformação (ou qualquer outra lesão grave), ao nível da sua coluna.
Neste artigo (com link), divulgado nalguns meios de comunicação social escrita, na altura em que tinha início mais um ano escolar, um conceituado médico especialista em ortopedia infantil do Hospital Pediátrico de Coimbra, esclareceu o necessário sobre esta problemática. A escoliose é um desvio da coluna vertebral para a esquerda ou direita, resultando em um formato de "S" ou "C". É um desvio da coluna no plano frontal acompanhado de uma rotação e de uma gibosidade (corresponde a uma látero-flexão vertebral)
A escoliose é uma deformidade vertebral de diversas origens. As escolioses de um, ou outro grupo etiológico, podem ter prognósticos muito diferentes, pela distinta progressividade e gravidade de suas curvas. Para melhor entender a definição de uma escoliose, é preciso opô-la à atitude escoliótica

§  Sem gibosidade
§  Sem rotação vertebral
A atitude escoliótica, é diferente da escoliose, e deve-se, em 8 entre 10 casos, a uma desigualdade de comprimento dos membros inferiores, e desaparece com o paciente na posição horizontal.

Classificação quanto a etiologia
§  Idiopática (causa desconhecida)
§  Neuromuscular (ex: paralisia cerebral, poliomielite)
§  Congênita
§  Relacionada com a falha na formação das vértebras
§  Relacionada com a falha na segmentação
Classificação:
1.   Escoliose não estruturadas:
1.  Escolioses posturais: freqüentes em adolescentes, as curvas são leves e desaparecem por completo com a flexão da coluna vertebral ou bem com o decúbito.
2.  Escolioses secundárias e dismetria: a diferente longitude dos membros inferiores levam a uma obliqüidade pélvica e secundariamente a uma curva vertebral. A curva desaparece quando o paciente senta-se ou ao compensar a dismetria com a alça do sapato correspondente. Da mesma forma pode corrigir o comprimento da perna (sem cirurgia) caso encontre quem o saiba fazer.
2.   Escoliose estruturada transitoriamente:
1.  Escoliose ciática: secundária a uma hérnia discal, pela irritação das raízes nervosas. Com a cura da lesão desaparece a curva
2.  Escoliose histérica: requer tratamento psiquiátrico
3.  Escoliose inflamatória: em casos de apendicite ou bem abscessos perinefrítico.
3.   Escoliose estruturada:
1.  Escoliose idiopática: hereditária na maioria dos casos. Provavelmente se trata de uma herança multifatorial. É o grupo mais freqüente das escolioses. Segundo a idade de aparição há três tipos:
1. Infantil – antes dos três anos de idade: Geralmente são muito graves, pois ao final do crescimento podem vir a apresentar uma angulação superior a 100 graus;
2. Juvenil - desde os três até os 10 anos;
3. Adolescente - desde os 10 anos até a maturidade: Após a primeira menstruação e ao final da puberdade antes da maturidade óssea completa.
2.  Escoliose congênita: provavelmente não é hereditária, se não o resultado de uma alteração ocorrida no período embrionário – tipos:
1. Defeito de forma vertebral;
2. Vértebra em cunha;
3. Hemivertébra;
4. Defeito de segmento vertebral;
5. Unilateral (barra);
6. Bilateral (bloco vertebral);
7. Funções costais congênitas;
8. Complexas.
Idealizado em 1957 por Blount, permite, através de uma força corretiva, uma atuação constante de distração, sem impedir as atividades e os exercícios do usuário.
As indicações mais claras do Colete de Milwaukee, são as curvas flexíveis e de mediana intensidade (20o a 40o segundo o Ângulo de Cobb) do adolescente. A partir dos 40º duvida-se da efetividade do colete. A partir dos 60º as curvas devem sempre ser operadas.
O colete deve ser usado 23 horas por dia; há uma hora para a realização de exercícios e higiene. O tempo de uso, em anos, depende da regressão da curvatura. A retirada definitiva do colete deve ser gradativa, até que o emprego da órtese seja somente no período noturno, até o amadurecimento do esqueleto.
Este aparelho permite, através de almofadas, corrigir as deformidades das escápulas, costelas e ombros. Seus apoios são na espinha ilíaca, no queixo e occiputal, nas escolioses torácicas.
Nota: Deve-se levar em consideração a idade do paciente.

Importância do tratamento
§  Diminuição da capacidade ventilatória (restritiva) nas escoliose severas;
§  Importância estética;
§  Incongruência intervertebral dor);
§  Exame físico.
 Outras Abordagens
Hoje existem outras abordagens muito eficazes na correcção da escoliose e das atitudes escolióticas. Elas trabalham o sistema fascial e as memórias celulares alcançando aquilo que até há alguns anos atrás se considerava ser impossível de alguma vez vir a ser possível realizar. Infelizmente este género de abordagem está nas mãos dos poucos profissionais que têm conhecimento, boa sensibilidade e experiência. Algumas dessas abordagens são:
§  Manipulação Visceral;
§  Craneo Sacral.
De acordo com as causas por detrás da escoliose, assim há que determinar qual a melhor abordagem e qual a que mais resultados dá.
Existem no entanto outras que são mais rápidas e mais eficazes mas que ainda não estão divulgadas.
Causas, incidência e fatores de risco:
A escoliose pode ocorrer de maneira isolada ou em combinação com cifose (nesse caso, a condição é então chamada cifoescoliose).
A avitaminose (necessidade em que o corpo requer vitaminas) já e mais um fator que contribui para a escoliose seja ele hepática ou não. A falta das vitaminas B6, B12, Cálcio e uma seriem de vitaminas chegam a enfraquecer sua estrutura óssea levando assim o individuo com o tempo sofre de escoliose. Pesquisas mostram que 15% por cento da população têm causa de escoliose pela falta de vitaminas. Whiter, um fisioterapeuta norte americano, estudioso de a mecânica articular, juntamente com uma equipe de nutricionistas e fisioterapeutas realizarão diversas pesquisas sobre a avitaminose e descobriram que a vitamina B12 juntamente com o cálcio e fundamental no tratamento contra a escoliose, logo o individuo tenha obtido escoliose pela perda de vitaminas, “avitaminose”.
A escoliose pose ocorrer de três maneiras: como uma condição congênita que se observa no nascimento e que geralmente está relacionada a um defeito nas vértebras ou nas costelas, como um distúrbio paralítico ou musculoesquelético causado por uma paralisia muscular devida a pólio, paralisia cerebral ou distrofia muscular ou como uma condição idiopática (de causa desconhecida) que aparece em uma coluna anteriormente reta.
O distúrbio idiopático é a manifestação mais comum e pode ter uma causa genética. A maioria dos casos ocorre em meninas e se torna aparente durante a fase de crescimento rápido da puberdade (há formas infantis e juvenis). Pode-se suspeitar de escoliose quando um ombro parecer mais alto do que o outro, embora os pais e amigos possam não notar nada. Atualmente, realiza-se nas escolas de educação infantil e de ensino fundamental uma triagem de rotina para escoliose; muitos casos que teriam passado despercebidos até que se tornassem mais graves são detectados precocemente.
Pode haver fadiga na coluna vertebral após ficar em pé ou sentado por muito tempo. A dor persistirá se ocorrer irritação dos ligamentos. À medida que a coluna vertebral se dobra lateralmente, pode se desenvolver uma curva compensatória para manter o equilíbrio. Quanto maior for a curva inicial da coluna, maiores as chances de progressão da condição após o término da etapa de crescimento. A escoliose grave (curvas maiores que 60 graus) pode causar problemas respiratórios.